terça-feira, 31 de março de 2009

Relações e Afetos

Não acredito nas relações, acredito no afeto.
Aqui não cabe julgar, o que vale é a percepção seja ela coletiva ou não, vai variar, depender de cada visão (rimou até sem intenção).....
Para mim todo o processo de 'relacionar-se' está à beira da falência, caindo pelas tabelas mesmo, mal das pernas como se diz popularmente e o porquê disso? Bom, não sei!
Vamos ver se eu lanço umas idéias (paradoxais como sempre) nesse texto e tento compreender melhor tal processo.
Relacionar-se de acordo com as várias referências encontradas significa interação social, conjunto de pares ordenados (sejam números ou humanos), conviver com pessoas, tratado social com alguém (gostei desse significado), sendo que tratado significa ‘acordo formal entre duas ou mais partes’... OPA é aí que a ‘coisa pega e aperta’: acordos!
Acordos, combinações, ajustes, contratos: tudo parte integrante e intrigante das relações, sejam elas entre pais e filhos, filhos e pais, amigos, namorados, casados, separados, parentes, vizinhos e o diabo a quatro. E aí as pessoas andam se relacionando de forma meio estranha, faltando às vezes ajustes ou excedendo-os toda hora numa paranóia sem fim e colocando fim nas relações por falta de disso ou daquilo, ou sobras disso ou daquilo.
Hoje por exemplo já pensando em escrever esse texto, conversando com um amigo meu li a seguinte frase: (...) pô complicado. Eu gosto do meu pai porque ele é meu pai, mas minha relação com ele é a pior possível (...). Outro exemplo que posso usar antes de seguir adiante é pensar em porque duas pessoas decidem namorar (e seguir adiante posteriormente se quiser)? Eis que surge o AFETO!
O Afeto pode ser ligeiramente definido como apego, afeição, carinho, agrado, emoção, amizade, ternura, dedicação e até o amor (acreditem ou não). Sentir afeto ou ser afetado por afeto por alguém só é possível se relacionando, interagindo, conhecendo, envolvendo-se e por aí vai e até aí tudo bem. A falência das relações então pode estar na forma como as relações vão se constituindo, construindo e instituindo. No exemplo do pai e do filho acima citado não basta afeto para que se estabeleça uma boa relação, e no exemplo de casais, aí então, afetos definitivamente não são suficientes.
É extremamente paradoxal o fato de saber ou pensar que afetos depende das relações e as relações não necessariamente dependem só de afetos, chato isso não? E aí começa o vai e vem de relacionar-se, afetar-se e entra o tal do tratado de novo, e começa uma relação e termina-se outra....nossa é de cansar!
É divertido, mas cansa.
É bom, mas enche o saco.
Pensar em tudo isso é muito doido, chega ser bem interessante e como não tenho nenhuma pretensão de concluir algo ou definir e estabelecer a melhor forma de fazer isso ou aquilo, finalizo esse texto com a frase de uma amiga (Giana) que li hoje durante uma conversa por msn que dizia o seguinte: porque não me botaram no nível mais fácil desse jogo maluco??
Aos meus queridos afetos