quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sinto-me cansada....


Cansaço é o que vem me preenchendo nos últimos dias, e não é cansaço de uma coisa só não, aliás seria bem mais fácil estar cansada de trabalhar por exemplo, pois saberia que as férias resolveriam este ‘probleminha’....
A cada dia quero crer que o ‘cansaço que me cansa’ não é aquilo que vejo e cada dia mais vejo que estou fechando os olhos pra não ver o que até o coração é capaz de sentir e ver.
Não tenho garantias de que estou fazendo a coisa certa ou sendo a melhor pessoa, mas tenho certeza de que por mais difíceis que sejam, esforços por mim são feitos para tentar ser melhor, mas aí sinto-me cansada de novo por fazer esforços que considero muitas vezes em vão.
Ahhh, a eterna arte de saber regar...Como saber a hora de encher o regador novamente ou como fazer isso, ou ainda o que fazer quando não se pode mais regar sozinha?


Eis a dúvida do meu dia ensolarado de Amélia

domingo, 16 de novembro de 2008

Abandonado...


Blog abandonado,
minhas coisas abandonadas,
eu abandonada (por mim mesma, o que é pior ainda)

(...)Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.(...)
(Motivo, Cecília Meireles)

sábado, 27 de setembro de 2008

Pretinhosidade...

Há poucos meses atrás, vi num programa da tve brasil (sem sensura) um cantor e compositor chamado Mombaça que tava lançando um cd e lá ele cantou umas músicas que achei lindas, suaves, doces...Uma se chamava nada mais nada menos do que 'Pretinhosidade'!
Pode isso? Falo mais nada!

Pretinhosidade

Sim, você sabe de mim
Quando eu não tô afim
Quando eu só quero brincar
Não (mas) sim mesmo que eu diga não
Você não me desdiz
Mas me chama atenção
Vamos lavar toda a roupa suja
E mergulhar de cabeça
Nos armários da ilusão
Riscos vem à tona
E eu pareço um otário
Com você que é uma pedra em meu caminho
Minha pedra preciosa
Minha preciosidade
Minha preciosa idade
Minha presa
Minha fé silenciosa,
Meu atalho e meu destino
Minha pretinhosidade
Minha festa
Minha fresta
Minha destra
Minha testa
Minha preta

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Xadrez de Pecado...

Imaginem a tristeza de alguém saindo do trabalho, sem almoço, longe de casa, precisando pegar um ônibus, tomada por um dos seus pecados capitais preferidos ’A PREGUIÇA’, ao se dar conta de que em sua carteira há dinheiro, mas que em hipótese alguma o cobrador de ônibus aceitaria uma nota de R$ 50,00...Imaginaram? Pois é, triste demais!
Acontece que sua preguiça era tanta que imediatamente ela elaborou um plano, tendo apenas 15 minutos para realizá-lo. Eis aqui o plano:
“Passo na loja próxima ao terminal urbano, onde há dias vejo uma blusa xadrez que gostei, compro-a e com o troco apanho o ônibus”. A pobre (literalmente) já esperava ansiosa pelo ‘troco’!
Ao chegar à loja, todos os vendedores estavam a espera de clientes, então logo atenderam-na, simpáticos e atenciosos. Mas para fazer um pequeno agrado, a vendedora chamou o elevador, o que consumiu um tempo precioso da preguiçosa que também andava irritada (ela é um paradoxo também). Ao entrar no elevador, ela fez um sinal com a mão, muito gentil indicando que entrasse com ela. Para sair do elevador, o mesmo sinal. Para apresentar-lhe a variedade de blusas o mesmo sinal (¬¬), tudo devidamente instituído. Sob essas condições, Dona Preguiçosa já havia perdido o 1° ônibus. Conformada com isso iniciou um diálogo com a vendedora:
V: _ Esses são os modelos.
P: _ Obrigada.
P: _ Mas não tem nenhuma do mesmo modelo da vitrine aqui?
V: _ Não. A que ta na vitrine é a ultima daquele modelo!
P: _ É que eu queria dá uma olhada naquele modelo.
V: _ Aí tem que ver o teu tamanho, porque a da vitrine é uma “M”.
A vendedora nesse momento esqueceu as boas maneiras instituídas pela loja (se é que teria) e insinuou que a blusa da vitrine não serviria na Preguiçosa. É aí que entra o segundo pecado: A IRA. A compradora irritada, porém no absoluto controle diz:
P: _ Eu queria ver EM ESPECIAL o modelo da vitrine! Tem como ir lá pegar?
A vendedora foi contrariada, trouxe a blusa, a Preguiçosa provou-a e aí minha gente, mais um pecado: A COBIÇA. Foi no provador que ela percebeu a etiqueta da blusa: R$ 49,80 (detalhe, a passagem do ônibus custava R$ 2,00).
A blusa cobiçada não valia na verdade R$ 30,00, mas tomada pela IRA, comprar a blusa que havia servido com tranqüilidade era uma questão de honra. Foi então que se estabeleceu um novo diálogo entre as duas;
P: _ O valor da etiqueta é o preço a vista?
V: _ Não, a vista custa R$ 42,30. Mas dá ‘pra fazer’ em 2x ou em até 3x! Vai fazer em quantas vezes?
P: _ Vou levar a vista!
Ao chegar no caixa a vendedora (V1) conversa com sua colega de trabalho (V2):
V1: _ Ela vai levar a vista, é a blusa da vitrine! Levaram a blusa que você gostou.
V1: _ Hoje ainda comentei como era linda essa blusa, e agora ‘levaram’ a blusa!
V2: _ Não tem mais nenhuma dessa?
V1: _ Não, só veio duas desse modelo e essa é a ultima.
V2: _ oO

Mais um pecadinho, mas dessa vez por conta das vendedoras: A INVEJA.
Imaginem vocês a quantidade de pecado cometido em menos de 30 minutos. Sem contar a possibilidade de a mesma blusa presenciar outros pecados, como a GULA talvez, quem sabe até a LUXÚRIA...Vai saber né... hauhauahuahua

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Tô com saudade...


Ontem na hora em que deitei pra dormir depois de falar por horas e horas no msn com o meu amor - que está longe de mim fisicamente - ouvi uma música e tive vontade chorar...não somente porque acho ela bonita, mas acima de tudo porque queria estar com ele naquele momento, abraçadadinha, sentindo o cheirinho dele. A cada dia tá mais difícil ficar longe, mas me consola saber que em breve a gente vai estar juntos de novo e tudo vai ser tão bom e gostoso como já foi, aliás acho que muita coisa vai ser até melhor.Tempo e distância é uma coisa complicada na vida da gente, porque eles podem ser medidos mas a intensidade que cada um deles tem dentro de nós, é algo imensurável...É como sentir dor, ser feliz, ter vontade de rir ou de chorar: cada um é movido por sentimentos e formas diferentes de senti-los. O tempo e a distância em mim/para mim dói!
Gostoso demais
Composição: Dominguinhos/ Nando Cordel

Tô com saudades de tu meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu
É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz
Pensamento viaja e vai buscar
Meu bem querer
Não posso ser feliz assim
Tem dó de mim
Que é que eu posso fazer
Tô com saudades de tu meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz
Amo tu Preto...
=**=

domingo, 18 de maio de 2008

18 de Maio - Dia Nacional da Luta Antimanicomial


Hoje, ao acordar depois de uma noite muito mau dormida, lembrei-me de duas coisas imediatamente: “hoje é aniversário do Vital”, “Hoje é Dia Nacional da Luta Antimanicomial” (até rimou).
Antes de postar aqui, fui ler e buscar inspiração em outros blogs os quais tinha certeza que hoje estariam repletos de textos, imagens em "comemoração" há esse dia - não em comemoração ao aniversário, esse vou comemorar só em Julho (eu espero) - mas sim sobre a Luta Antimanicomial.
Quando realizei meu TCC em 2006 - trabalho de conclusão de curso - busquei pesquisar aquilo que me movia e me dava vontade de seguir em frente, de fazer algo como psicóloga e pessoa. Então fiz uma pesquisa cujo nome era o seguinte: "A percepção de estudantes de psicologia sobre a abertura das portas dos manicômios", pensando obviamente na desinstitucionalização da loucura. E é recorrendo a essa pesquisa hoje, que ”re”escrevo esse texto:
(...)Pode-se dizer que a loucura nada mais é que uma bagunça na constituição das idéias ou na forma de elaboração mental da experiência dos sentidos, em qualquer momento do processo de elaboração (pensamento, memória, imaginação ou vontade). Ela está relacionada ao parâmetro de normalidade existente, ou seja, louco é aquele que é diferente, excêntrico e que não segue ao que socialmente é aceito e “adequado” ao convívio social.
A luta antimanicomial foi instituída como movimento nacional em 1993, no I Encontro Nacional, em Salvador, o qual corresponde a um movimento ativista em favor dos direitos humanos transgredidos nos manicômios e seu principal objetivo é denunciar o tratamento desumano dado aos portadores de diagnóstico de transtorno mental. A mobilização de ativistas do movimento antimanicomial no Brasil culminou na reformulação do modelo tradicional psiquiátrico, visando à regulamentação das instituições psiquiátricas para que percam seu caráter manicomial.
Os serviços manicomiais destinados a portadores de sofrimento psíquico deveriam tornar-se uma rede com o objetivo de reconstrução de sentido, de produção de valor, de tempo, encarregando-se de identificar as situações de sofrimento e opressão, da reinserção do corpo social, e do consumo de produção, bem como de intercâmbio de novos papéis sociais.
A desinstitucionalização da loucura proposta por Franco Basaglia faz com que o problema da doença mental seja visto não apenas como uma questão exclusivamente científica, mas como um problema técnico, normativo, social e existencial, contrapondo-se à pratica psiquiátrica tradicional considerando dessa forma, o conjunto de possibilidades de produção de vida, de cuidado dos sujeitos concretos em sua existência-sofrimento. Basaglia aponta que no lugar das instituições psiquiátricas tradicionais, pode surgir uma rede de atenção que oferece e produz cuidados, ao mesmo tempo em que apresenta novas formas de sociabilidade e de subjetividade para aqueles que necessitam de assistência psiquiátrica .
É importante ressaltar que a reforma começa em nosso próprio mundo, no nosso imaginário, na forma como vemos e percebemos o mundo interno e externo. Para melhor compreender a abertura das portas dos manicômios é preciso praticar o exercício de se colocar no lugar do outro, como forma de ampliar a compreensão de suas atitudes podendo dessa forma, possibilitar uma relação de ajuda ao portador de sofrimento psíquico, tendo como objetivo devolver suas capacidades de decisão, de autonomia e de se sentir responsável por sua própria vida, visando sempre a reinserção social com qualidade vida. Pois substituir os serviços em Saúde Mental, não garante que as práticas deixem de ser excludentes.
Quando falamos da questão da loucura, estamos diante de uma estrutura cotidiana, silenciosa e legitimada pelo saber científico, que, desde o momento em que as bases da sociedade capitalista foram consolidadas, tomaram como função a reclusão de indivíduos que estivessem à margem dos padrões, como por exemplo, os órfãos, epilépticos, libertinos, velhos, crianças abandonadas, aleijados, religiosos, infratores e claro os loucos!
É necessário repensar os conceitos, as práticas profissionais, bem como, as relações estabelecidas entre as pessoas e a sociedade destacando a importância de orientar a formação dos profissionais a compreender que o portador de sofrimento psíquico é alguém que necessita ser assistido e possui os mesmos direitos, políticos, econômicos e sociais como qualquer outro cidadão.
A luta pela inclusão da loucura no espaço urbano tem como objetivo promover avanços nas relações familiares, comunitárias e políticas do portador de sofrimento psíquico, caracterizando dessa forma um fator importante na inclusão de diferentes modos de vida que atualmente são marginalizados em nossa sociedade. É necessário também que a loucura deixe ser entendida como um mal que precise ser banido da sociedade.
Quando ousamos dizer que algo está “certo” ou “errado”, ou caracterizamos alguém como sendo “gordo”, “esquizofrênico” ou até mesmo “louco”, estamos realizando um julgamento que parte de nossos princípios morais e éticos, avaliando dessa forma o mundo que nos cerca. Em decorrência deste fato, aquilo que é “feio”, “triste” ou “anormal” para uma pessoa, pode ser visto como “bonito”, “alegre” e “normal” para outra.
Estamos em um processo de constante transformação cultural, onde Movimentos Sociais, Leis, Programas e outras formas de serviços substitutivos ainda devem ser aperfeiçoados a fim de promover uma real inserção social ao portador de sofrimento psíquico. Lembrando que ainda há muito a ser feito, para finalizar esse texto, recorro a Nietzche para dizer que com relação à saúde mental “Fazemos realmente, e sem cessar, aquilo que não existe ainda”.
Trecho do Trabalho de Conclusão de Curso do Curso (TCC) do 10° semestre do Curso de Psicologia da Uniplac - dez 2006: A percepção de estudantes de psicologia sobre a abertura das portas dos manicômios.
Autora: Flavia Roberta Oliveira Mathias
Imagem de Arthur Bispo do Rosário
Arthur Bispo do Rosário: nascido supostamente no ano de 1911, no estado de Sergipe. Viveu 50 anos em um Hospital Psiquiátrico sob o diagnóstico de esquizofrenia paranóica. Transitava entre a lucidez e o delírio, que na maioria das vezes era de ordem mística. É considerado por muitos como sendo um artista de primeira linha dentro do cenário cultural brasileiro. A produção artística de Bispo do Rosário teve início em 1939 e se encerrou 50 anos depois com seu falecimento de infarto do miocárdio, durante esse tempo viveu na Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, onde se dedicou fervorosamente à sua produção. De acordo com seu surto recebeu a missão de recriar o mundo para ser apresentado a Deus no dia do Juízo Final. Bispo utilizava a palavra como elemento pulsante “Eu já fui transparente, mas, normalmente sou cheio de cores”. http://www.ccjf.trf2.gov.br/instit/artigos/andancas.htm

Referências (eu acho que nesse “recorte” que eu fiz do meu próprio texto, os autores consultados foram esses):
AMARANTE, P. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica brasileira. Rio de janeiro: Editoria FioCruz, 2001.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Loucura, ética e política: escritos militantes. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
FOUCAULT, M. História da loucura na idade clássica. São Paulo: Perspectiva, 2004.
GOFFMAN, Erving. Manicômios, Prisões e Conventos. São Paulo: Perspectiva, 1996.
PESSOTTI, I. O século dos manicômios. São Paulo: Editora 34, 1996.
PORTOCARRERO, V. O dispositivo da saúde mental: uma metamorfose na psiquiatria brasileira. Tese de doutorado não publicada, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1990. In: VECHI, L. G. Iatrogenia e exclusão social: a loucura como objeto do discurso científico no Brasil. Disponível em:<
http://www.scielo.br/pdf/epsic/v9n3/a11v09n3.pdf>. Acesso em: maio/2006.
RESENDE, H. A política de saúde no Brasil: uma visão histórica. In: TUNDIS, S. & COSTA, N. R. (org). Cidadania e Loucura. Petrópolis: Vozes, 1987.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Meu Mundo PARALELO...


Você já pensou como seria viver em um mundo paralelo ao "mundo real"? Um mundo onde afeto, amor, carinho, entre outras coisas (eu diria tudo, ou quase tudo) é possível?
Bom, algumas pessoas podem até dizer que esse mundo já existe, porque vivemos em um mundo globalizado, em um país 'democrático', com pessoas de todas as etnias, onde se tem voz e voto etc etc etc e mesmo assim eu discordaria...
Não que no meu mundo paralelo tudo seja perfeito, não é isso, mas nele as coisas parecem se tornar mais possível, menos "julgável" pelos outros.
SAUDOSO EREP SUL!!
Bendito foi o dia que o Centro Acadêmico de Psicologia de onde eu estudei (Uniplac-Lages SC) recebeu uma cartinha convidando pra uma reunião de estudantes de psicologia, o COREP SUL (Conselho (mais conhecido atualmente como Coletivo) Regional de Estudantes de Psicologia da Região Sul do país). Fui sem saber muito bem o que era, estava meio na dúvida e desde então, muita coisa tem sido linda na minha modesta vidinha: BENDITA CARTA!
Eis que fui conhecendo pessoas de outras cidades, todas com sede de algo mais, com vontade psi, e com tantos outros sonhos. E aí, com um grupo de pessoas maravilhosas, organizei um EREP, o XV EREP Sul (Encontro Regional de Estudantes de Psicologia - Sul). Nessa época não tava menos confusa, continuava com sede, mas procurando sentido...
De lá pra cá, meu mundo paralelo existe, mesmo que apenas 4 dias do ano. É pra lá que eu vou e volto triste cada vez que acaba aquela coisa maravilhosa, e feliz por mais uma vez estar com pessoas que há muito não vejo, compartilhando e vivendo emoções intensas! Tudo bem que se eu pudesse, às vezes aumentava ele, outras colocava mais umas pessoas, outras vezes colocava uns vizinhos aqui do mundo real, mas enfim, seja como for: NADA COMO UM EREP!
E semana retrasada eu fui pro meu mundinho paralelo, onde mesmo perdida eu não me sinto perdida e na ânsia de escrever algo sobre o quão maravilhoso foi esse EREP em Passo Fundo RS, li uns tópicos no orkut na comunidade, e com lágrimas saiu esse pequeno texto que eu postei lá e agora transfiro-o para cá:

"Demorei mais de uma semana pra escrever alguma coisa sobre o que foi em mim e para mim esse EREP, e aí antes de escrever dei aquela "lida básica" nos tópicos e com lágrimas (óbvio) é que vou tentar falar um pouquinho sobre esse acontecimento/ evento/ mundo paralelo que é o EREP SUL: É impressionante o que um EREP é capaz de fazer comigo e com todo mundo que já escreveu aqui e tb nos que não escreveram...ngm é o mesmo pós EREP, o que me deixa mais feliz. Tô no meu 3° EREP, e lembro que no meu primeiro (justamente aquele famoso que organizamos em 2005 com dívidas e caralho a 4) eu sentia algo sem sentido me fazendo muito sentido, me deixando feliz e pulsando em mim algo quase inexplicável. Era uma emoção, um contentamento em juntar pessoas em prol da mesma coisa - psicologia, coletivo, conhecer pessoas, compartilhar, partilhar, reencontrar, conhecer, construir, desconstruir, nossa entre outras tantas coisas...
E de lá pra cá já nem sei se conseguiria não participar mais dos EREPs, esse lugar que eu costumo chamar carinhosamente de mundo paralelo...Ô MUNDINHU MAIS GOSTOSO!! Onde vou com amigos, reencontro outros tantos, faço sempre novos...
Essa semana eu li a seguinte frase de uma menina aqui de Lages: "não sei pq nunca tinha ido em um EREP"?! Quando li isso fiquei feliz, pq é isso que é participar do EREP: se perguntar pq nunca foi antes, ou pq demora tanto pra acontecer o próximo.
Pra finalizar queria dizer que minha depressão Pós EREP ainda não passou, e talvez só passe quando eu estiver de novo 4 dias no EREP ano que vem...quase dói pensar que é uma constante esse sentimento de "perda" depois do fim do EREP, mas fico feliz em saber da possibilidade de nos encontrarmos de novo, ano que vem! Tava maravilhosamente lindo, parabéns a COMIÉ, ao grupo que foi se fortalecendo ao longo do tempo, dos anos, dos meses e os que estão entrando agora, e irão se fortalecer nos próximos e nos próximos...Obrigada pelo carinho tb, fui muito bem recebida e estou a disposição tb, aliás, uma vez Erepeiro SEMPRE EREPEIRO!"


São esses os sentimentos que se misturam em mim no momento e que talvez, só quem tenha participado de um Encontro como esse compreenda a intensidade das emoções vividas ali...
Beijos pros Erepeiros, anos, istas, como queiram!

Imagens do XVII EREP SUL
DE”S”FORMAÇÃO um passo Fundo na/da/em Psicologia
De 1 a 4 de Maio – Passo Fundo RS

Site do XVII EREP SUL: http://www.erepsul.org/

segunda-feira, 17 de março de 2008

Bom Dia...


Tanta coisa tenho pra escrever aqui no "meu espaço", mas tenho tão pouco tempo (tenho que ir trabalhar) que só consigo dizer: "Bom Dia, aliás mais um dia, cheio de coisas a fazer e a pensar...."
"Bem que a vida estava quieta, mas passava o pensamento"
(Amada Cecília Meireles)

sábado, 15 de março de 2008

Quanto óculos...

Ontem ao conversar com as gurias (Pri, Dea, Ana e Rubia) me perguntei algumas coisas sobre como tenho sigo e agido nos ultimos tempos....Nossa que difícil que foi admitir as respostas que encontrei sobre mim mesma... A maioria delas não foram legais.
Dentre as várias coisas que conversamos falamos do tempo, e uma forma de rever ou procurar coisas deixadas pelo tempo, são atualmente os blogs, nesse caso o blog da Dea. Lá encontrei um texto que ela escreveu de uma forma maravilhosa e que explica tudo que eu tb senti depois de um final de semana maravilhos e cheio de mudanças e sentimentos que tivemos juntas no fim de julho de 2006.
Ao lê-lo senti saudades, mas senti felicidade tb, em lembrar de como foi possível ser feliz de forma tão simples e com tão pouco e como tão pouco pode ser muito tb!
Como esse texto eh "nosso", tomei liberdade para postá-lo aqui, lembrando que a autora dele eh a Dea Oneda, mas que o sentimentos foi e eh (acredito eu que continua sendo assim) de todos (nós 4)...
***
[quarteto fantástico ou o quadrado mágico]
jamais podia imaginar que a resposta viria tão rápido: o que me emociona é tudo que aconteceu nesse fim de semana. todos os momentos em que sentimos juntos que éramos a única coisa que acontecia no mundo. todas as vezes que pensamos em coisas tristes e motivos pra chorar (e olha que tínhamos!), mas que, magicamente, olhando a nossa volta, nos víamos ali e só conseguíamos sorrir. experimentar a pura felicidade na existência do outro; ter a plena sensação de aconchego, aceitação e completude, como se tudo pudesse ser compreendido no espaço de um silêncio. a certeza de que palavras não vão nunca ser suficientes e muito menos precisas pra demonstrar o que sentimos.
por algumas horas, experimentamos o que é ter uma redoma nos protegendo, assim como o nosso pequeno príncipe protegeu sua rosa. por alguns momentos, fomos as rosas um do outro, e em outros momentos, fomos as redomas. os adultos nunca compreenderão o que isso significa, vão sempre confundir uma jibóia satisfeita após comer um elefante com um chapéu. quando estou com vocês, não ligo pros adultos e pras coisas difíceis que eles defendem e constróem, por que com vocês posso ser flor e redoma. por que vocês me dão motivos pra sorrir no começo da noite, quando lembro das coisas que aprendi, dividi, troquei; quando lembro do que é possível sentir quando se está ao lado de pessoas que falam a mesma língua que eu. eu, a guria mais descrente e tantas vezes desesperançosa, aquela que acha que a vida é uma merda... nesse fim de semana aprendi que acredito na subjetividade, provavelmente porque tinha flores ao meu redor, das quais sei que já fui redoma. por que dessas flores e dessas subjetividades me emociono de fazer parte, de ser presente, de ser importante. e de saber que sou tudo isso sem nunca ter falado, sem nunca ter dito nada nesse sentido pra nenhum deles. é o saber através do sentir.
existem subjetividades que fazem doer sim, que nos machucam e nos nivelam ao sub-humano e à nossa impotência diante dele, mas o que me sensibilizou nesses dias foi a simples e imprescindível presença de vocês PABLO, PRI E FLA. como eu já disse, o que temos é pós-verbal, inexplicável; inatingível, incompreensível pra muitas pessoas, em muitas relações.
tive, durante tantas vezes no tempo que passamos juntos, a sensação de que o mundo se resumia àquilo ali, a nós quatro rindo, conversando, falando besteira (ou falando seriedades) juntos, acordando um ao outro pra dizer que tava com saudade, compartilhando a mesma mesa, ouvindo e contando histórias e piadas que a gente não sabia se já tinham terminado e mesmo assim caíamos na gargalhada, inventado novos dialetos... e o mundo lá fora ficava tão pequeno (e pra mim ainda tá), provavelmente porque nosso mundo fique cada vez maior.
talvez não exista coisa mais bonita do que isso que temos, essa relação "nômade e anárquica" que não precisa de rótulos nem de hierarquias pra simplesmente existir, crescer e continuar, sem outro motivo que não a nossa vontade e o amor que cada um consegue demonstrar do seu jeito, amor que nos faz cada vez mais unidos.
"cada um que passa em nossa vida, passa só, pois cada pessoa é única, e nenhuma substitui a outra. cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa só. leva um pouco de nós, deixa um pouco de si. há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova de que duas almas não se encontram por acaso..." antoine de saint-exupéry
* "Eimael, eu tenho uma guitarra elétrica"
* "chimia, chilate, chirelincha, chicoacha, chifala (chifala é boa), chipia... trocadalho"
* "não é João. É John" * "John, amigo do Paul, apaixonado pela Yoko..."
* "o ponteiro menor e preto, marca as... HORAS! Muito bem. Agora o maior blábláblá..."
* "drogadição e putaria"
* "esse é o MAIOR funk, tchá tchá tchá"
* "do que que vamo falar agora??"
***

Juntos descobrimos coisas de nós mesmos, mesmo que as vezes essas "coisas" não sejaum tão agradáveis quanto eu gostaria!!!

Ao som de Teatro Mágico - "A pedra mais alta"

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

...

Nos últimos dias muitas coisas têm acontecido na minha vida, foi um turbilhão de novidades e mudanças que algumas até foram difíceis de compreender, ou apenas vivê-las! Conheci muita gente legal nesse mês, legal mesmo, gente que me fez feliz, que fez minha vida ficar mais alegre, gente até que me fez chorar de felicidade e de tristeza!
Aí, como eu sou um paradoxo vivo, aliás, minha vida toda é assim (espero que a de todos seja assim, senão vou me sentir um estranho no ninho) nessas últimas semanas, reencontrei algumas pessoas que fizeram e de alguma forma ainda fazem parte da minha história, da minha vida...hoje mesmo encontrei um amigo que fazia pelo menos uns 4 anos q não encontrava, sendo que nós moramos na mesma cidade. “QUE LOUCURA”.
Há quase dois anos atrás, depois de uma conversa de horas no telefone com um amigo meu - dentre as várias frases ditas - duas frases (uma até redundante) me fizeram pensar em algumas coisas, e delas eu escrevi um texto. Por sinal um texto que eu amo, sou apaixonada mesmo, um texto cheio de coisinhas nas entrelinhas, cheio de tudo e de nada, de todos e de ninguém.
E eu, como sempre querendo postar “a coisa certa” no meu blog, que de alguma forma reflita meus momentos vividos, minhas escolhas e minhas renúncias dos últimos tempos, lembrei desse texto e resolvi postar...Não só postar, como reavaliar algumas coisas, lê-lo novamente além de pensar e pensar e pensar e pensar.......
(...) Priorize as suas prioridades (...)
Toda escolha é uma renúncia


É incrivelmente interessante como duas frases tão pequenininhas tem tamanho significado...porém de nada adianta tamanho significado sem que a gente vivencie e sinta a necessidade deles existirem em nossas vidas.
E esses anarquistas hein? Anárquicos ou pseudoanárquicos, com idéias mirabolantes querendo abraçar o mundo com apenas dois braços, braços esses que medem pouco mais de um metro. Não deveriam eles saber o real significado dessas duas pequenas, suaves e enigmáticas frases?
Quando escolhemos algo, alguém, ou qualquer coisa, estamos automaticamente renunciando algo também. Quando se escolhe, por exemplo, ficar ‘só’ no sentido de amor a dois, estamos renunciando dormir de conchinha, tomar café da manhã acompanhado, enfim, dividir todo e qualquer prazer de coisas que se podem fazer com alguém que se ama, gosta etc... Por outro lado quando se escolhe viver ou ainda conviver com alguém – e para esse tipo de situação temos em nossa sociedade algumas definições como morar junto, namoro, caso, casamento – renunciamos as dores e delícias de viver só, como deixar todas as nossas coisas bagunçadas incluindo o guarda-roupa, a toalha molhada em cima da cama, o tênis espalhado pela casa... Renunciamos a privacidade, e também o silêncio, ah o silêncio... O que seria de muitos de nós sem ele?
Renunciar algumas coisas é o preço que se paga pela escolha preferida ou preterida. Nem sempre saberemos se a escolha feita é a ‘certa’, mas afinal o que é certo? A quem damos o direito de decidir o que está ou não certo, ou quem está errado?
Muitas vezes temos dúvidas se a escolha feita é mesmo a que deveria ser e então, temos a resposta a cada dia (seja ela sim ou não), em cada dificuldade que encontramos, em cada passo em falso, em cada virada de pé ou tombo que levamos durante o caminho. Bom seria se tivéssemos certos de que a escolha feita é mesmo a certa em cada momento de felicidade ou de alegria, tudo seria mais fácil... Mas então como teríamos o benefício da dúvida? Benefício sim! Acredito que é a dúvida que move o mundo, move as pessoas a querer descobrir coisas novas, experimentar, conhecer, descobrir e redescobrir... e é só depois disso tudo que aí sim, nos julgamos capaz de escolher. E quanto às prioridades?
Quem de nós prioriza as próprias prioridades? Egoístas quem consegue tal feito? Não, não... Perseverantes, perspicazes e determinados, isso sim!
E eu me pergunto mais uma vez: e os anárquicos, não deveriam saber como fazer isso, priorizar as prioridades? Afinal, não é a perseverança e o determinismo que os fazem manter a desordem necessária para termos uma sociedade menos medíocre e hipócrita? Priorizar as próprias prioridades vai muito além... Exige conhecimento de si próprio e acima de tudo paciência. Paciência para constantemente avaliar a si mesmo e o que se deve priorizar diante de tantas coisas ‘necessárias’ e sedutoras que encontramos enquanto caminhamos e fazemos escolhas.
Até as primeiras horas do dia de hoje, nunca havia pensado que essas duas frases estão tão interligadas...deve ser essa tal de visão holística...
Embora aquele velho jargão tão usado “ se conselho fosse bom não se dava” (até porque só acreditamos naquilo que vemos, sentimos ou vivemos), desejo humildemente aos que lerem e não entenderem o verdadeiro significado dessas duas frases que busquem dentro de si mesmo o verdadeiro significado. Priorize o que pra você é importante, pensando sempre nas melhores coisas da vida e nos sentimentos mais puros e bonitos. Renuncie algumas vezes para desfrutar o prazer de algumas escolhas. E se mesmo assim você não conseguir entender esses simples e complexos significados, procure um mediador que o ajude a fazer o encontro de você consigo mesmo... Uma das pessoas mais importantes de sua vida, alguém que também sinta vontade de abraçar o mundo, mas que sabe o quão grande e pesado que este é. Afinal, carregar peso para quê?


Dediquei esse texto nesse dia (03 de agosto de 2006) ao Rafa, que mais uma vez me ouviu, entendeu e me encorajou durante a árdua caminhada...
E hoje dedico também as minhas escolhas, as minhas renúncias e principalmente as minhas dúvidas, porque elas sempre me acompanham e hoje não seria diferente...Hoje é somente o "benefício" da dúvida que eu tenho....

sábado, 19 de janeiro de 2008

Antigos Sonhos...


O Ano começou - aliás faz quase um mês - e eu injustamente abandonei meu blog. Eu to com tanta coisa na cabeça pra escrever que de tanto pensar em por onde começar acabei naum escrevendo nada. E detalhe: não vou escrever hoje nada que estava na minha cabeça anteriormente, vou escrever sobre algumas coisas que li hj mesmo (coisas de Flavia neh)...
Essa semana vi uma propaganda na TV que não deixava nada claro do que se tratava. Eram pessoas vestidas estilo anos 60,70 (coisa que eu nem gosto, imagina) e um link pra entar na internet. Como as vezes - somente as vezes - eu sou um pouco curiosa fui ver do que se tratava. Eh uma minissérie que está prevista para começar em fevereiro e que se chama "Queridos Amigos"....
A história me parece legal, os atores pelo visto são legais, mas o que mais me chamou atenção foi uma frase da pagina virtual da minissérie que eh a seguinte:(...)"Todos seguiram caminhos distintos e, dispersados uns dos outros por força do destino, acabaram se tornando pessoas bastante diferentes das que eram ou pensavam ser. E, o que é mais significativo: todos estão cada vez mais distantes de seus antigos sonhos.(...)"
Bom, depois que eu li issu fiquei pensando um pouco, não somente em pessoas que ja passaram pela minha vida e que seguiram seu caminho, mas principalmente na parte em que diz "todos estão cada vez mais distantes de seus antigos sonhos"...
Alguém por acaso (estou me incluindo nessa) ainda se lembra dos antigos sonhos que tinha???Quantos estão como planejavam, ou realizaram alguma coisa do 'pouco' que ainda se lembram que um dia sonhou???
E ainda, quantos de nós jah não se reconhece mais pelo que foi, sentiu, desejou, sonhou entre outras coisas???
Não to querendo dizer que ninguém deve mudar naum, naum eh issu...to aqui refletindo um pouco soh, pensando onde ficaram as coisas boas que jah desejamos (desejei), ou os sonhos que jah tive!!! Claro que ao longo da vida outros planos, outros desejos, e outros sonhos vão surgindo - o que eh "normal", esperado, saudável - mas desses novos sonhos, quantos de verdade eu realizarei????
Bjux aos que lerem, em especial aos que se lembram de um pouco de sonho antigo, ou realizou algum deles!
=D
Pagina virtual da minissérie: www.globo.com/queridosamigos