quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Vontade de tudo....

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

Vontade de gritar!

Vontade tudo: gritar espernear, correr, saltar, ficar, ir.

Que loucura é a cabeça de alguém que sabe que não quer ficar e nem sabe pra onde quer ir (não sabe em partes). Sabe que não gosta disso, mas não sabe mudar o “disso” nem o “aquilo”.

Vontade de cantar, sorrir, dançar, beijar, amar...vontade que dá e passa...desejo que fica e corpo que não mexe, paralisa.

Vagas são as idéias profundas que passam pela minha cabeça, que há todos os dias insistem em me perseguir... eu também as persigo.

Basta ler uma frase perdida num lugar achado pra que tudo na minha cabeça mexa, pra que o corpo sinta, pra que me culpe, me julgue e me condene. Ahhh essa autopunição. Essa autopunição que deve ser feita sim, pois só a sinto por não ter feito aquilo que deveria, é “aquilo” mesmo.

E os outros “aquilos”, de que me adiantou? Pra que serviu além do prazer e dos bons sentimentos momentâneos? O que eu faço agora com os “pós”, com os “ e agora beibe” que martelam em minha cabeça?

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

Aqui eu grito, falo, escrevo, penso, choro, coloco o que sinto e por enquanto não pago..aliás pensar em pagar acaba comigo.

Vontade de morrer e viver. Ficar e ir. Ter e não ter. Sentir e não sentir. Vontade de tudo e de nada. De todos e de ninguém.

Quantos paradoxos, antíteses...vontade de escrever e de parar.

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

domingo, 15 de novembro de 2009

História pra dormir...ou sonhar...

Era pra ser uma estorinha pra dormir e se tornou uma história baseada na história mais real e recente que eu vi e vivi...



Era uma vez uma mulher bacana. Teve dois filhos: um legal e um chato. O chato só não era mais chato porque de vez enquando rolava (hauahuahuahuahuahauhauhaua).
Ele parecia um cantor. O chato era tão inconveniente que atrapalhava uma modesta escritora que tentava contar histórias. Ela se perdia no caminho e ria das próprias coisas que escrevia.
Um dia a modesta escritora, que era pouco bonita, mas muito inteligente, quis conhecer mais de perto o chato que rolava. O chato não titubeou e foi ao encontro da escritora de escritices de balelas. Para que o encontro fosse possível, eles precisaram atravessar uma ponte e deixar pra trás tudo que para eles era de fato o seu mundo real, por isso escolheram a ilha... conhecida como ilha da magia, misteriosa e cheia de segredos.
Na ilha, ainda num espaço muito central, mal podiam perceber o quanto tudo aquilo faria diferença em suas vidas - mesmo que no imaginário de cada um. E lá se foram... ao lugar que seria considerado o ninho do chato e da escritora.
O chato achava chato ser chato, mas era o que ele era, a escritora não podia mudar. Então lá se foram: de condução em condução, de informação a informação... de erro em erro....apertados, no calor, no meio dos sotaques, nacionais e estrangeiros até que finalmente encontraram o que seria considerado em dois dias e duas noites como sendo "O LUGAR".
No começo, tímidos. Sorriam, pareciam felizes embora tudo aquilo fosse novo pra ambos. E bastou pouco tempo pra que os dois já estivessem entrelaçados um ao outro. E não foi somente um entrelace de carne, corpo, foi mais que isso: tinha sorriso, tinha humor, tinha alegria, tinha mar, lua, sorvete, areia, fotos......como escrever aqui tudo que lá tinha, se só quem sentiu pode compreender de fato tudo que aconteceu?
E a escritora de balelas acordava com o chato, que nunca foi chato de verdade, chato era a forma com que ela tentava se afastar e quanto mais se afastava, mas junto estava. E ao acordar tudo era bom e feliz... Em um curto espaço de tempo foi como se os problemas e as coisas ruins não existissem, como se tudo tivesse ficado antes da ponte...e de fato ficou! Só não foi bom a despedida....tudo que é bom dura pouco mesmo. O chato despediu-se, foi embora. Subiu no ônibus e a escritora não quis ver. Dias depois, ela também despediu-se da ilha e ao passar a ponte um pedacinho de tudo veio junto. Não foi possível deixar tudo lá - ainda bem.


Essa história não tem fim, está sendo escrita a cada dia, pelo chato e pela escritora - como deve ser!
A Escritora pede desculpas ao chato pela ansiedade de não poder esperá-lo pra escolher juntos as imagens, mas manda beijos de saudades.


=***