domingo, 17 de outubro de 2010

Trocando e muito...

Passado alguns dias após o EREP (Encontro Regional de Estudantes de Psicologia), pensei que fosse a hora de externar em forma de texto as minhas vivências neste XIX EREP SUL – “Trocas e Possibilidades: Dá de ver se fica Ação”.
Hoje de manhã acordei com uma ligação super eufórica e gostosa de alguém querendo trocar e trocar sobre as vivências Erepianas recentes: sim, era o Abelha! E conversamos, e interligamos, e fomos e voltamos, desconstruímos e remontamos e por fim trocamos e vimos diversas possibilidades.
Esse foi meu quinto EREP e nunca antes na história deste país (um trocadálhozinho) eu saí tão bem e com menos ‘Depressão Pós Erep’. Mas não foi por menos vivências, ou menos afetações, talvez foi por esse tema ter me possibilitado trocar e ver que sempre é e será possível continuar trocando. Pra mim, não é mais possível separar Corep, Erep’s e relações de amizade e eu mesma nem queria aprender a fazer essa dicotomia.
Desde meu primeiro EREP venho encontrando pessoas e fortalecendo essas redes construídas sem impedir que outras pessoas se agregassem a essa rede social. Talvez em nenhum Erep anterior tive tão nua quanto esse, estava nua e vazia o que me possibilitou pintar-me de qualquer cor e encher-me de qualquer “coisa”.
Dessa vez não teve chuva de flores amarelas ou de temporal de raios e trovões, mas teve um imenso sol que aqueceu o evento todo e todas as pessoas, mesmo aquelas que em momentos estiveram mais distantes ou aquelas que nunca se ausentaram.
Participei dos TED’s (Trocas e Encontro de Diversidades: atividades equivalentes à mesas redondas), participei também dos EROS (oficinas), de ELFOS e de conversas informais e vi quanto legítimo é esse espaço de troca. Nunca tive dúvida de que o EREP era isso e pra quem ainda não consegue compreender esse espaço diverso, ou que não consegue fazer uma ligação de como isso vai colaborar para a prática profissional, ou vai ser útil de fato, pense da seguinte forma: viver trocando e possibilitando, num mundo além do EREP, é possível sim!
Ver as diversas coisas que acontecem no EREP e respeitar mesmo não concordando, desformar conceitos cristalizados, ver outras formas de fazer e ser, é fundamental pra uma prática profissional em Psicologia.
Vivemos num mundo onde as regras e normas sociais tendem a modular, rotular e colocar cada um num espaço, num nome, numa caixa, seja na escola, na universidade, nos espaços onde trabalhamos e resistir, ou ver que somente isso não é suficiente é maravilhoso e o EREP sempre me propiciou isso, porque junto com outros diversos eu também construí isso.
Ter somente consciência disso não basta! É preciso ter ações, e creio (ao menos venho tentando) que minha prática profissional tem sido pautada muito nessas coisas construídas não somente, mas também em EREP’s – em especial eu afirmo!
Queridos que lerem esse texto ou que não lerão mas estiveram presentes nessa construção coletiva que foi esse EREP: sigamos trocando, vendo diverso e vide verso, se afetando com as pessoas, "as coisas todas" desse mundo, afinal é assim que a gente consegue construir um espaço “mais bacana de se viver” pra nós mesmos, quiçá para outros também.


Segue num post abaixo o texto que escrevi para o primeiro TED, o qual fui uma dos três fomentadores deste espaço.

Bjux...Flavinha

Texto escrito ao som de Bob Marley

6 comentários:

Diogo França disse...

Frâ
Eu sei que contigo sempre haverão
possibilidades de trocas diversas, Te Amo!
A ti fez meu parto nesse mundo cheio de possibilidades e afetos

Amo você Frâ!

LOUCA PELA VIDA disse...

Bom... vi vc no Ninho e vim aqui. Prazer sempre. Senti saudade de Floripa. Grande abraço.

Flavinha Roberta disse...

Diogo querido: vc só foi parido por assim desejou. Eu só dei um empurrãozinho.
Amo tu tb!
=***

Edileusa flor: bom te ter aqui, esse espaço tb é seu. Já tô com saudades de Floripa tb.
=*

Anônimo disse...

brigada por me entender, significa muito pra mim saber que existe alguém nesse mundo que me sabe muito além das palavras. vc é foda! te amo... saudade! :****

LOUCA PELA VIDA disse...

Nossa... escondo tanto o doida,rsrs. Quando cansar destas batalhas da saúde mental, como tantos amigos q estão noutras... quem sabe possa me dedicar a literatura, sempre com pitadas de erotismo, que despertar desejos faz um bem danado. Bj Flavinha

Gisele Cristina Voss disse...

(ouvindo roberta sá: devagar... esquece o tempo lá de fora... escute o que vou lhe dizer... um minuto de sua atenção.. com minha dor não se brinca, já disse que não... e a saudade é de matar, em meu peito a novidade, vai enfim me libertar)

e assim fui lendo, e pensando: "olha, ela também não tá com uma depressão pós-erep tão forte como as outras..." isso é uma novidade maravilhosa, que compartilho.

talvez tenha sido o sol que me marcou... e apesar das lágrimas intensas, não provocou chuva dessa vez.

as trocas que fiz, as possibilidades que senti, de ser psicóloga sem grade horária, talvez pequenas horáriadas que são necessárias... mas dá pra fugir das grades um pouco...

essa semana participei da sbp... e, no final, saí antes do encerramento e disse: tchau pessoal, valeu.

e aí parei e lembrei: no erepsul... desde as 8 da manhã estava me despedINDO, com muitas lágrimas, abraços e óculos reflexos... e as 17h fui a última barraca daquela parte do alojamento...

e fui leve... e afetada...

há diferenças SUTIS(?) entre um encontro de estudantes e outros... espero não perder, e manter-me em contato... tem tanta coisa pra trocar, até a experiencia de diminuir a depre com tanto afeto!!