
Acredito que poder escolher é uma vantagem diante de todas as diversidades que existem na nossa sociedade. É claro, acredito ter um mínimo possível de discernimento dentro daquilo que pra mim é bom ou ruim e aí, vou escolhendo, experimentando e ‘tali coisa e coisa e tali’. Porém, nos últimos domingos tenho visto um programa numa TV aberta, comandado pela Regina Casé o qual atende pelo nome de “ESQUENTA”, que tem me deixado pensando em algumas coisas. O programa é um misto de

O programa conta com algumas pessoas ‘fixas’ que colaboram na condução do programa além da Regina (óbviu), com um figurino sempre muito característico. Num palco ficam Arlindo Cruz (sambista e compositor) e Leandro Sapucahy (músico, produtor, cantor). Perambulando pelo cenário o ator Douglas Silva – O Acerola – faz intervenções super engraçadas se misturando sempre aos convidados. Em determinados momentos um grupo da favela Cantagalo sai dançando parecendo ter uma mola no corpo (coisa louca). Sorriso, aquele gari famoso da Sapucaí, juntamente com outros que pelo visto, são também garis, ficam num espaço dançando sempre. Uma espécie de “Ala Infantil’ fica lá sempre dançando (e pelo amor de deus, que molas). E aí, a Regina recebe convidados – estes levam pessoas de sua família que vai se misturando no

Mas o que me deixa mexida no programa é a FORMA...exatamente isso, a forma como a Regina fala de cada convidado. Não é apenas ler a ficha com dados saídos de alguém que escreveu um texto que deve ser lido em um programa qualquer, é tudo tão carregado de sentimento, eo pessoal vai contando coisas pessoais da apresentadora, coisas vividas junto com ela e todo mundo parece ser de fato AMIGOS de verdade de Regina. E aquelas histórias vêm da vida real de alguém e vai se misturando com o programa e vai ficando engraçado e divertido de ver, alguém compartilhando seus afetos na TV (eu até posso estar enganada, mas pra mim é tudo muito real).
É claro, tem gente que não curte ‘um pagode’ e pode achar uma grande besteira tudo que eu estou comentando neste texto, pode odiar funk, pode não gostar de nada disso que aperece lá (no programa), dessa mistura e achar tudo feio e ridículo, nem mesmo pode gostar de afeto, mas não tem como negar que é um programa onde a diversidade cultural está presente de todas as formas. O Brasil é isso também, e embora muita gente ache que tudo aqui acabe em pizza e em bunda (e às vezes acaba mesmo) eu gosto é

“Reginaaaaaa, vou te falar: me leva pro ESQUENTAAAAAAA!!!!!!!!!!”
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