quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Estela VI



Estela não lembrava que havia nascido suas asas e já havia alçado voos baixos. Após um dia lindo e cinza, Estela vai buscar o conhecimento numa das estruturas de concreto onde supostamente ele está. Estela ficou chocada quando descobriu que  o conhecimento do dia era olhar-se diante dos olhos do outro e o outro não enganava-se: Estela, você quebrou sua asa, disse o conhecedor de conhecimentos!
Estela olhou para a asa e reconheceu a queda que feri-la. Ela ainda podia sentir a dor.
Estela foi ficando triste e recolheu-se. Pensou em coisas que lhe incomodavam, não ficou indiferente, mas preferia sair dali.
Estela então chorou e revirou seu baú e encontrou notícias de quem era, ou de quem gostaria de ser. Nada era muito diferente de seus desejos atuais, o que mudara de fato era ela. Já não haviam pontes ligando histórias de escritoras, não encontrou Teresa, não viu pretinhosidades, não encontrara tudo aquilo que já lhe diferenciou.
Estela voou, repousou, cansou, descansou, pairou, pirou!

Um comentário:

Ed - Hippie Nojento disse...

a parte boa de ser a gente...
é que para voar..
não precisamos mais nem fechar os olhos!